As maiorias, primeiro do PSD e depois do PS, que têm exercido o poder regional, nos Açores, não têm correspondido às expectativas nela depositadas, gerando descontentamento, descrédito e abstenção. Apesar das muitas promessas, verifica-se o acentuar da dependência económica do exterior, o aumento da concentração da riqueza nos grupos económicos, o aumento do custo de vida (dos mais elevados no País, em particular a habitação) e o constante adiamento da definição de uma melhor política de transportes aéreos e marítimos que potencie a actividade económica, combata o isolamento e garanta o direito à mobilidade dos cidadãos.
Os Açores continuam ainda a ser uma região com um PIB (Produto Interno Bruto) per capita dos mais baixos da União Europeia.
As injustiças sociais agravam-se. Os salários dos açoreanos são 10 por cento mais baixos do que no continente. É cada vez mais generalizado o trabalho precário, atingindo principalmente os jovens e as mulheres. Tudo isto contribui para aprofundar, ainda mais, o fosso entre os mais ricos e um crescente número de cidadãos a viver no limiar da pobreza.